A executiva nacional do partido abriu processo administrativo disciplinar para analisar a conduta do deputado
A executiva nacional do PV discute a possibilidade de expulsão do deputado federal Jadyel Alencar. O motivo é o posicionamento do parlamentar na votação que tratou da revogação (ou não) da prisão de Chiquinho Brasão.
O plenário da Câmara Federal analisou a pauta nesta quarta-feira, 10. Jadyel Alencar e Luciano Amaral, também do PV, votaram contra a manutenção da detenção – contrariando orientação partidária.
“Eleitos em 2022 pela legenda, os parlamentares infringem por meio do voto pela soltura do deputado federal Chiquinho Brazão, artigos previstos no Regimento Partidário. A conduta dos parlamentares, ao votar contra orientação da Federação Brasil da Esperança, causa espanto e não representa os valores desta legenda”, diz nota disponível no site do PV.
Na nota a legenda destaca ainda que já solicitou a abertura de processo administrativo disciplinar para expulsão da dupla.
Jadyel Alencar justificou publicamente o voto. Ele afirmou, por meio de vídeo divulgado via Instagram, que seu posicionamento teve a ver com a maneira como o Supremo Tribunal Federal (STF) conduziu a prisão de Chiquinho Brazão.
“O deputado Jadyel Alencar jamais votou contra a punição, contra a prisão dos acusados do que aconteceu com a ex-vereadora Marielle Franco. Eu votei contra o que fizeram com a Constituição Brasileira, a maneira com que o STF, com todo o respeito que tenho pela instituição, conduziu a prisão do deputado federal Brazão. Ele deveria ser preso, ele deve ser preso, ele deve ser julgado, condenado, no dia em que o processo de cassação chegar nesta Casa, eu irei votar pela cassação dele, sou a favor da prisão, mas de maneira legal […]”, disse Alencar na gravação, publicada nesta quinta-feira, 11.
Jadyel foi o único representante da bancada piauiense na Câmara a se posicionar a favor da revogação da prisão de Brazão. Foram 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções.
O deputado federal Chiquinho Brazão é um dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, motorista da parlamentar. O crime aconteceu em 2018.
Brazão está preso desde 24 de março deste ano. A determinação foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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