O fato tem a ver com a disputa entre o Estado e o Piauí por terras
O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva (PT), pediu que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) corrija o novo atlas do Brasil. O petista quer que a instituição altere a parte que atribui ao Ceará a área que é motivo de disputa entre o Estado e o Piauí.
Franzé solicitou a modificação esta semana ao presidente nacional do IBGE, Márcio Pochmann.
O presidente da Alepi defendeu a alteração no atlas porque não há definição final sobre o litígio, portanto, como esclareceu o petista, a área em disputa “não pertence nem ao Piauí nem ao Ceará”.
“Além disso, nós, do Piauí, entramos com ação, que está no Supremo Tribunal Federal, em que defendemos a tese de que essas terras pertencem ao Piauí”, acrescentou.
O litígio entre Piauí e Ceará se arrasta desde 1880, ano do Decreto Imperial nº 2.012, que alterou a linha divisória dos dois territórios, ainda províncias naquele período.
Como consequência passou para o lado piauiense o local antes chamado de Amarração, hoje município de Luís Correia. O Ceará conquistou terras situadas em Crateús.
O litígio entre Piauí e Ceará diz respeito a 2.889 quilômetros de terras na região da Serra da Ibiapaba.
O Piauí reclama a propriedade de terras nos municípios de Viçosa, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito e Carnaubal, estendendo-se até o Sertão de Crateús.
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