A Federação PSDB/Cidadania se reuniu nesta segunda-feira (15) para oficializar a adesão do grupo ao pré-candidato a prefeito de Teresina pelo PT, deputado estadual Fábio Novo, que também esteve presente. O evento foi presidido pelo novo presidente municipal, o jornalista Fernando Said.

Após as turbulências dentro do grupo, dividido entre apoiadores do petista, do ex-prefeito Silvio Mendes (União Brasil) e defensores de uma candidatura própria, a Federação seguiu os passos dos presidentes estaduais do PSDB, Luciano Nunes, e do Cidadania, Mário Rogério, em unir-se ao Palácio de Karnak.

Evento marcou a adesão oficial à pré-candidatura de Fábio Novo (Foto: Lays Viana / Teresina FM)

Questionado sobre a decisão de apoiar o PT, rival histórico do PSDB na capital, Fernando Said analisou que a estratégia faz parte do processo político do Brasil e que é preciso respeitar a opinião dos grupos discordantes dentro da legenda, como do presidente estadual, o vereador Edson Melo.

“É assim que se faz política, é dentro das divergências. Ao longo dos anos, nós estivemos conflitando com o PT nas disputas eleitorais, mas nunca nos colocamos como verdadeiros inimigos diante de um processo que é natural, do sistema político/partidário que existe no país […]. O grande problema é que o sistema eleitoral brasileiro permite essa série de dissonâncias dentro dos próprios partidos. Então, é respeitar a opinião e a posição de cada um”, ressalta o presidente.

O presidente da Federação PSDB/Cidadania, Fernando Said (Foto: Lays Viana / Teresina FM)

Para o líder do Cidadania no Piauí, os problemas foram causados pelo ex-presidente da Federação, Jorge Lopes (PSDB), que colocou seu nome como pré-candidato em substituição ao do ex-senador João Vicente Claudino, que se desfiliou do partido no fim de junho.

“Foi uma avaliação interna feita com todos os pré-candidatos a vereadores, depois de todo aquele movimento em cima do nome do Jorge Lopes, quando o partido [os pré-candidatos] não queria apoiá-lo, em hipótese nenhuma. A gente achou aquilo uma ‘forçação de barra’. Dentro dessa avaliação, a gente avaliou que o melhor caminho seria apoiar o Fábio Novo, só que nós fomos primeiro que o PSDB municipal. Aí gerou de novo um novo problema: só haveria chapa de vereadores se o controle da federação municipal”, esclareceu Mário Rogério.

O presidente estadual do Cidadania no Piauí, Mário Rogério (Foto: reprodução / Instagram)

Participaram do encontro, além de membros das duas siglas que compõem a Federação, os vereadores Evandro Hidd (PDT) e Venâncio Cardoso (PT).

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