Aconteceu, na manhã desta quinta-feira (12), na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o lançamento da campanha “Feminicídio Zero”, que contou com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

O programa tem como foco a integração de medidas entre o Governo Federal, estadual e outras instituições voltadas à redução dos índices de violência de gênero, incluindo ações de conscientização e parcerias com empresas. Na ocasião, também houve a apresentação do Pacto de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres do Piauí.

Ministra cumpre agenda em Teresina e Parnaíba nesta quinta e sexta-feira, 12 e 13 (Foto: divulgação / Alepi)

Durante a coletiva de imprensa, a ministra elogiou a atuação do presidente Lula de demitir o ex-ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, quando denúncias de assedio sexual vieram à tona, cerca de uma semana atrás.

A decisão do Governo foi demiti-lo, do presidente Lula, imediatamente. Foi uma decisão correta. Agora vai para o processo de investigação normal, nós não temos mais ingerência administrativa, disse Cida Gonçalves.

A ministra apresentou dados sobre violência contra a mulher no Brasil, o qual ela considerou a situação atual como uma “pandemia”, com um caso registrado a cada três minutos e um feminícidio a cada seis horas.

“Não é possível que a gente não escute  o choro de uma criança de zero a quatro anos de idade sendo estuprada na sua casa. Não é possível que nenhum vizinho escute. Não é possível que ninguém escute o grito desesperado de uma mulher pedindo socorro para não morrer. Então, quem se omite também é responsável, não só o Estado, não só o assassino, mas também as pessoas que simplesmente não querem escutar o desespero que estão vivendo as nossas mulheres”, afirmou a ministra, que cumpre agenda em Parnaíba nesta sexta-feira (13).