O deputado também solicita a cassação do petista e de secretários que estiveram no ato
O deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas) acionou o Ministério Público Eleitoral pedindo a investigação do governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), e de dois secretários estaduais em ato político. Segundo o progressista, os três usaram a máquina pública de forma indevida e estiveram na reunião durante o expediente e sem afastamento devidamente justificado, o que poderia configurar, entre outras coisas, improbidade administrativa, além de abuso de poder político.
“A presença dos mencionados agentes públicos nessa reunião com finalidade político-eleitoral, em horário de trabalho, levanta indícios de uso indevido da máquina pública. Isso inclui não apenas o tempo e os serviços dedicados à reunião, mas também o possível uso de bens e recursos do Estado para promoção de interesses eleitorais particulares. De acordo com a legislação vigente, o envolvimento de agentes públicos em atividades de cunho político, especialmente durante o expediente, sem licença ou afastamento devidamente justificado, caracteriza conduta vedada”, alega o deputado.
Arcoverde pediu ainda que, caso seja comprovado o uso indevido da máquina pública para fins eleitorais, o MPE solicite a cassação e a inelegibilidade dos envolvidos.
O evento citado por Júlio foi voltado à discussão de estratégias eleitorais para as eleições deste ano. A reunião aconteceu no último dia 09, por isso foi chamado de “13+13”, já que na data restavam 26 dias para os pleitos majoritários e proporcionais.
Além de Fonteles, os secretários Chico Lucas (Segurança) e André Macedo (Inteligência Artificial) e o candidato a prefeito Fábio Novo (PT) e postulantes ao cargo de vereador da capital compareceram ao encontro.
A denúncia foi enviada nesta terça-feira, 16, ao Ministério Público Eleitoral. Tentamos contato com a Coordenadoria de Comunicação do Governo do Piauí para tratarmos do caso, mas não houve manifestação oficial até o fechamento desta matéria.