O candidato a prefeito da capital criticou o volume de pesquisas em Teresina
O candidato a prefeito de Teresina pelo partido Novo, professor Tonny Kerlley, criticou o volume de pesquisas de intenções de voto na capital, o que, para ele, contribui para confundir os eleitores.
Em entrevista à imprensa, nesta terça-feira (1º), o economista revelou que tem tido dificuldades para contratar institutos responsáveis pelo serviço, os quais estariam apresentando empecilhos para realizar pesquisas que não sejam ligadas a outros grupos políticos.
“Tem mais de um mês e meio que eu tento fazer uma pesquisa na cidade de Teresina e eu não consigo fazer pesquisa aqui. Nós batemos 1% em dezembro, depois de três meses de pré-campanha. Batemos 1,8% no final de janeiro, 4,5% no mês de março, 6,8% no mês de junho. De lá para cá, o pessoal diz que a gente tem 1% e a gente não tem mais como mostrar esse crescimento porque simplesmente não consegue mais contratar instituto de pesquisa na cidade de Teresina. Isso é um absurdo, mas é uma tática que eles sabem que funcionam porque a população mais humilde, que tem pouco acesso à informação, ela caba entendendo que aqueles números das pesquisas é que são os corretos”, analisou o candidato.
De acordo com Tonny Kerley, a pesquisa com resultado polarizado é uma estratégia para convencer os eleitores a escolher entre dois nomes concorrentes, ignorando os demais. Ele pontuou ainda que Teresina é a cidade do Brasil com mais pesquisas já registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Há pesquisas em que só existem eles [os adversários]. Desde o início do ano existe isso, e esse volume de pesquisas nos assusta. Teresina é a cidade do Brasil que mais tem pesquisas registradas. O Piauí é o segundo estado, só perde para o estado de São Paulo. Essa tática foi usada na eleição de governador e deu certo e agora eles estão utilizando novamente […]. Nós temos institutos ligados a grupos políticos, eles inventam mil desculpas. ‘Ah, nós não temos mais gente, não estamos conseguindo pessoal’, e simplesmente fecham as portas para que a gente possa contratar uma pesquisa séria, uma pesquisa decente que dê números reais. Em nenhum momentos nós quisemos trabalhar nenhum número que fosse fictício. Todos os números que eu dei ao longo de toda a eleição foram números reais”, reclamou o professor.
Teresina no topo do ranking
Segundo um levantamento do Métropoles, com base em dados do TSE, até o último dia 26 de setembro, Teresina ocupava ocupava o 1º lugar no ranking de pesquisas eleitorais registradas, com 75 estudos realizados. O número coloca a capital à frente de São Paulo, que tinha até a data mencionada 70 registros.