Subiu para 31 o número de denúncias de assédio eleitoral no Piauí. A atualização foi divulgada pelo MPT-PI (Ministério Público do Trabalho no Piauí) nesta quarta-feira, 02.

Apesar do aumento, o Piauí não saiu das posições anteriores, continua sendo a quarta unidade federativa do Brasil e a terceira do Nordeste com o maior número de casos.

A sede do MPT-PI (Foto: Reprodução/MPT-PI)

“No Piauí as denúncias vão desde reuniões políticas realizadas em horário de trabalho, onde os trabalhadores são convocados a participarem de atos políticos dos candidatos apoiados pelos patrões, a trabalhadores de empresas terceirizadas e cargos comissionados que prestam serviços ao poder público sendo obrigados a participarem de atos de campanha de candidatos. Além disso, trabalhadores também estariam sendo coagidos a usarem as redes sociais para manifestar apoio a candidatos apoiados pelos empregadores”, informou o MPT-PI.

O órgão informou ainda que recebeu denúncias dando conta de que trabalhadores foram afastados das funções na empresa, tiveram gratificações cortadas ou mesmo atraso salarial por não aceitarem participar de atos de campanha ou por manifestarem posicionamento político divergente dos empregadores.

Há registros de casos em Teresina e nas cidades de Sebastião leal, Picos, Bom Jesus, Palmeira do Piauí, Palmeirais, Santo Antônio de Lisboa, Pedro II, Campo Maior, Alto Longá, José de Freitas, Parnaíba, Canto do Buriti, Novo Oriente e São Miguel do Tapuio.

Já houve duas decisões da Justiça do Trabalho, em caráter liminar, com condenações por assédio eleitoral no Piauí. Uma delas abarca a Prefeitura de Teresina, especificamente a Secretaria Municipal de Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi). O MPT-PI apurou que empregados terceirizados à disposição da pasta estavam sendo coagidos a manifestar apoio político a um candidato a vereador aliado ao prefeito da capital, Dr. Pessoa (PRD). O nome do acusado não foi divulgado.

O prédio da Prefeitura de Teresina (Foto: Teresina FM)

Já são 538 denúncias de assédio eleitoral em todo o território nacional. Bahia (74), São Paulo (71) e Paraíba (36) lideram o ranking.

O Nordeste é a região que mais registrou casos do tipo, são 227.

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