“Eu vou conversar isso mais na frente”, afirmou o vereador, presidente municipal do PSDB
Esvaziado, o PSDB poderá tentar um ressurgimento se agarrando à estrutura da Prefeitura de Teresina a partir de 2025, mas o vereador Edson Melo, presidente da sigla na capital, não garantiu permanência no cargo para enfrentar o desafio.
O mandatário deixou claro que o posicionamento final vai depender da executiva nacional tucana. Ele condicionou a permanência ao não alinhamento do PSDB com o PT, que é o que vem acontecendo em âmbito de Piauí.
“Eu vou conversar isso mais na frente, até porque a gente tem que ver não só o PSDB do Piauí e o de Teresina, a gente tem que ver como vai se posicionar o PSDB nacionalmente. Eu não vou permanecer em um partido se eu não vou coadunar com direção nacional do partido. Se o partido tomar uma posição e ‘descer do muro’ em vez e ficar parte do PSDB com a direita e parte do PSDB com a esquerda, eu estou fora”, ameaçou Melo.
O PSDB-PI continua sob o comando de Luciano Nunes, que não está mais alinhado com a cúpula principal do partido. O ex-deputado optou por apoiar o grupo liderado pelo governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), enquanto os tucanos históricos ajudaram a impulsionar a candidatura de Silvio Mendes (União Brasil), ex-PSDB e eleito prefeito da capital novamente.
Para permanecer no cargo, Nunes contou com a anuência do presidente da executiva nacional, Marconi Perillo, que estaria tentando usar a sigla como moeda de troca em alguns estados já visando a próxima disputa pelo Governo de Goiás. A ideia seria fechar acordos pontuais com o PT para que o partido apoiasse o mandatário na corrida eleitoral.
O PSDB não elegeu nenhum prefeito no Piauí este ano. Único representante do ninho tucano na eleição majoritária de 2020, o prefeito de Passagem Franca, Saulo Trajano, trocou o partido pelo PT logo após o pleito.
Para completar, o partido ficará sem representantes na Câmara de Teresina. Edson Melo (o único remanescente), prevendo que a sigla não formaria chapa forte para que pudesse lhe garantir permanência no legislativo, abdicou da reeleição.
Os tucanos abocanharam 04 cadeiras na Câmara Municipal em 2020. Paulo Lopes trocou a legenda pelo União Brasil, e não foi reeleito. Venâncio e Gustavo de Carvalho preferiram o PT e conseguiram garantir mais quatro anos de mandato.