Jorge Lopes, ex-presidente da federação PSDB/Cidadania-PI, ficou encarregado de conversar com o chefe da executiva nacional tucana, Marconi Perillo, para tentar convencê-lo a mudar de ideia quanto ao rumo do partido no estado. O encontro vai acontecer em São Paulo nessa sexta-feira.

Jorge, filiado ao PSDB, confirmou a informação à Teresina FM nesta terça-feira, 15. Ele acrescentou que antes terá uma reunião com o vereador Edson Melo, presidente do PSDB na capital, e o senador Ciro Nogueira (Progressistas), líder do principal grupo de oposição ao Palácio de Karnak no Piauí.

Jorge Lopes (de preto) ao lado de Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB (Foto: Divulgação)

A cúpula dura do PSDB no estado quer retomar o controle total da agremiação. A situação interna é de divisão, desde o início deste ano, por conta de nomes como Luciano Nunes, presidente do PSDB-PI, que migrou para o lado do governador Rafael Fonteles (PT) para apoiar a candidatura do deputado estadual Fábio Novo (PT) a prefeito de Teresina.

Marconi não só aceitou a ação, como robusteceu a base de sustentação de Novo colocando Fernando Said na presidência da federação PSDB/Cidadania no estado. Devido ao fato, uma parte dos filiados que disputaram vagas na Câmara de Teresina puxou voto para o petista; o tucanato raiz optou por Silvio Mendes (União Brasil), eleito prefeito da capital.

O vereador Edson Melo, presidente do PSDB em Teresina (Foto: Wanderson Camêlo/Teresina FM)

Psdbistas históricos, como Edson Melo, ficaram incomodados com a atitude da nacional e ameaçaram a abandonar o partido e a animosidade continua. Caso Perillo insista em deixar o PSDB nas mãos da ala petista, poderá acontecer uma debandada.

“Se o partido tomar uma posição e ‘descer do muro’ em vez e ficar parte do PSDB com a direita e parte do PSDB com a esquerda, eu estou fora”, havia ameaçado Melo em entrevista recente à Teresina FM.

Segundo informações apuradas pela nossa reportagem junto a alguns psdbistas, Marconi Perillo insiste na aliança com a esquerda para agradar principalmente o presidente Luiz Inácio Lula (PT) e tentar contar com o apoio do mandatário visando 2026, quando o tucano pretende voltar a disputar o Governo de Goiás.