Enquanto isso..
Pense num homem popular, esse senador Ciro Nogueira.
Domingo, em Júlio Borges, ele almoçou com o prato de arroz e galinha apoiado nas pernas.
Os flashes pipocaram e as fotos ganharam as redes sociais.
Como exemplo de simplicidade.
Trecho do depoimento do empresário Reginaldo Carvalho à Polícia Federal:
“O dinheiro era acomodado em mochilas pelo próprio Gustavo Nogueira após conferência”.
A PF diz que já tinha em mãos relatórios do fisco que mostravam que as empresas e familiares de Nogueira movimentaram mais de R$ 5 milhões ‘sem comprovação de origem, o que constituiria mecanismo de ocultação e dissimulação da origem e propriedade destes valores’.
Reginaldo Carvalho, dono da rede de supermercados R Carvalho contou tudo à Polícia Federal.
Entregou sim 5 milhões de reais a Gustavo Nogueira, irmão do senador Ciro Nogueira.
O dinheiro saiu todo ele em sacolas.
A mando da JBS.
A farra promete ser boa.
O governo estadual está liberando 400 mil reais para duas festas de carnaval na Potycabana.
Promovidas pelo apresentador Ieldson Vasconcelos.
E com emenda do deputado coronel Carlos Augusto.
Deu n’O Antagonista.
Além de Rodrigo Maia, governadores colocaram Jair Bolsonaro contra a parede para recriar o Ministério da Segurança Pública — hoje, o presidente admitiu pela primeira vez que existe essa possibilidade.
Os argumentos técnicos — de maior interação com as Secretarias Estaduais de Segurança e descentralização do recursos — fazem fumaça para a intenção de enfraquecer ainda mais Sergio Moro, hoje ministro da pasta que reúne a Justiça e a Segurança Pública.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que se apresenta como presidenciável, admitiu a O Antagonista que a cisão dos ministérios “é um movimento que cresce entre os governos estaduais”.
Ele disse não saber “quem está puxando isso”, mas deu a dica: “Talvez Ibaneis possa informar melhor”.
Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, comanda o Fórum de Governadores, que tenta concentrar os principais pleitos da turma.
O emedebista, que também chega a se colocar como presidenciável nos bastidores, está em pé de guerra com Moro desde o ano passado, quando o ministro decidiu transferir líderes do PCC para o presídio federal de Brasília. “Essa atitude do ministro Moro demonstra que ele não conhece nada de segurança, realmente”, disse Ibaneis, em março de 2019.
Lembram de João Rodrigues, o antigo coordenador de comunicação de Wellington Dias?
Pois é. Os servidores da CCOM também lembram.
E com saudade.
O vereador Luiz Lobão, ameaçado de ser expulso do MDB, ganhou um aliado de peso.
O senador Marcelo Castro, presidente do MDB estadual, diz que não há motivo para isso.
E agora Themístocles Filho, vai encarar?
Buda ensina que guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém; é você que se queima.
No Piauí, o ex-governador Zé Filho também começa a pensar assim.
E já anuncia uma provável aliança com Wellington Dias quando 2022 chegar.
Quem viver verá.