Durante audiência pública que discutiu o déficit do Programa Mais Médicos no Piauí, o deputado Henrique Pires (MDB), autor da proposta de audiência pública, afirmou […]
Durante audiência pública que discutiu o déficit do Programa Mais Médicos no Piauí, o deputado Henrique Pires (MDB), autor da proposta de audiência pública, afirmou que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que o Estado e a União cumpram a obrigação de contratar profissionais de saúde para a atenção as cidades do interior.
O parlamentar disse que a mesma situação aconteceu no Estado de Santa Catarina, onde o MPF está processando o Ministério da Saúde devido a quantidade reduzida de médicos nas cidades daquele estado. “Nada impede que o Governo Federal ou o Governo do Estado criem programas próprios, pois a fonte de recursos é a mesma. Tem que ser prioridade. De nada adianta construir pontes e estradas se os pacientes não forem atendidos e se morrerem nunca vão usar essas estradas e pontes”, afirmou.
Para o deputado a audiência realizada nesta quinta-feira (30) na Comissão de Saúde da Assembleia teve a sua importância evidenciada pela discussão da saúde como um todo, pois é um problema coletivo e que tem que ser resolvido com urgência”, declarou. O`Piauí é Estado do Brasil mais prejudicado com a saída dos médicos cubanos do Mais Médicos, que prestavam um serviço essencial na prevenção e no atendimento básico dos problemas de saúde da população.
“Isso influencia muito na superlotação dos hospitais regionais, pois dezenas de municípios estão sem médicos”, acrescentou. Henrique Pires disse ainda que a constituição federal já preconiza que a saúde é dever do Estado e direito do cidadão, mas ele não vai entrar em discussões sobre quem fez ou fará o Mais Médicos – se a esquerda ou a direita – pois o importante é ter ações urgentes que resolvam o problema da falta de atendimento em todos os municípios.
“O que não aceitamos é o governo ficar seis meses dizendo que vai criar um novo programa e até agora nada aconteceu. Cidades próximas a capital, como como Batalha e Esperantina, cidades no litoral como Luís Correia sofrem com a falta de médicos que não se cadastraram para o programa no Piauí”, finalizou.