O número de adeptos do método “Higiene Natural” ou comunicação de eliminação vem crescendo no mundo todo. Essa técnica consiste em atender os bebês nas necessidades fisiológicas básicas de eliminação, incentivando seus responsáveis a perceberem os sinais que a criança apresenta quando está com vontade de fazer xixi ou cocô. Os pais transportam o pequeno para o penico e as fraldas são eliminadas.

Segundo Fernanda Paz, especialista em higiene natural; autora do livro “O desfralde guiado pelo bebê” e criadora do projeto Bebê sem fralda, explica que o processo tem como objetivo a retirada completa das fraldas, mas exclusivamente no tempo do bebê e de forma guiada por ele. O desfralde precoce não faz parte da prática: “O nome do projeto é apenas uma forma de chamar a atenção para a questão”.

Comentando sobre os malefícios do uso prolongado das fraldas descartáveis, a autora citou um estudo da Universidade de Kiel, da Alemanha, que associa o uso dessas à infertilidade masculina e ao câncer nos testículos.

“Nos últimos 40 anos a gente vem colocando um material de plástico, fechado, impossibilitando a respiração da área. Além disso, existe um estudo querendo identificar também a relação do uso das fraldas a síndrome do ovário policístico”, argumentou a autora.

Fernanda Paz numa palestra do projeto Higiene Natural (Foto: Rede Social)

Com a iniciativa dos pais em adotar a Higiene Natural, depois de um tempo, o bebê começa a assimilar as situações e passa a ter um controle maior do seu corpo. De acordo com a especialista, os benefícios são diversos.

“O bebê dorme mais horas de sono, sem assaduras, não vai sofrer com constipação, vai mamar bem, se comunicar bem já que ele se esforça para fazer a comunicação visual e física, reduzir os riscos de infecção no trato urinário e prevenir prejuízos futuros de desfralde, e a gente também vai ter uma economia no uso de fraldas, lenços, pomadas e produtos agregados”, afirmou a especialista.

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