O Consórcio do Nordeste fez pré-contrato para adquirir 37 milhões de doses
Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não autorizar a importação da Sputnik V para o Brasil, alegando perigo a saúde, o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), afirmou nesta terça-feira (27) que espera que a agência reguladora russa responda aos pontos que foram apresentados no relatório da Anvisa.
Em um vídeo publicado no instagram, Wellington disse que o governo russo alegou, com muita segurança, que a vacina tem baixos efeitos colaterais e nenhuma consequência grave. O Consórcio do Nordeste fez pré-contrato para adquirir 37 milhões de doses.
Com a participação dos governadores do Norte e Nordeste, o gestor esteve em uma reunião com a equipe técnica e científica da Rússia, para tratar da vacina Sputnik V comprada pelos estados.
“Assim nós esperamos que eles possam, agora, tecnicamente, cientificamente, responder aos pontos que foram apresentados no relatório da Anvisa que diz exatamente o contrário. E precisamos saber quem está com a verdade”, disse o governador.
Os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite da segunda-feira (26). O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores do órgão se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.
O diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião.