Levantamento foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios
Em apenas 32 municípios houve o recebimento de lotes de vacina contra a covid-19 vencidas. O número equivale a 1,2% das 2.715 prefeituras ouvidas, 48,8% dos municípios brasileiros, na 16ª edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia referente à semana de cinvco a oito de julho.
Entre as prefeituras consultadas, 2.621 relataram não ter recebido vacina vencida, o correspondente a 96,5% da amostra, e 62 prefeituras não responderam a pesquisa.
O levantamento da CNM também questionou se as secretarias municipais de Saúde tiveram vacinas que passaram da data de validade. Entre as ouvidas, nove (0,3%) relataram a situação e 2.645 (97,4%) disseram não ter passado por isso.
Do universo de administrações municipais consultadas, 1.965 (72,4%) disseram manter alguma forma de fechamento ou restrição de horário das atividades não essenciais, e 709 (26,1%) responderam não ter lançado mão de medidas de restrição durante a pandemia.
Entre as cidades que participaram do levantamento, 480 (17,7%) disseram ter ficado sem vacina contra a covid-19 na semana de 5 a 8 de julho. Do total, 2.195 (80,8%) manifestaram receberam vacinas.
Das cidades que não receberam imunizante, 463 (96,5%) ficaram sem a primeira dose, e em 66 das 408 cidades sem imunizante foi registrada a falta da segunda dose. A falta da primeira e da segunda dose pode ser concomitante.
O levantamento identificou 1.860 cidades (68,5%) com relatos de pessoas que quiseram escolher a vacina a ser aplicada. Em outras 792 (29,2%) o problema não foi indicado pelos munícipes ouvidos.
Entre as cidades ouvidas, em 1.180 (43,5%) houve redução do número de casos de covid-19, em 113 (4,2%) não foram registrados novos casos, em 923 (34%) os casos se mantiveram estáveis e em 444 (16,4%) ocorreu aumento.
Quanto às mortes, em 1.258 (46,3%) foram registrados novos óbitos, em 615 (22,7%) a situação se manteve estável, em 459 (16,9%) houve queda e em 228 (12,4%) foi detectado aumento de mortes.
O risco de desabastecimento de medicamentos do kit intubação foi manifestado por 275 cidades, o equivalente a 9,8% das consultadas. Outras 2.161 negaram o problema, ou 79,6% da amostra.
O kit intubação é composto por remédios usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com a covid-19, como anestésicos e neurobloquedores.
FONTE: Agência Brasil