A ação é de autoria da Fundação Municipal de Saúde contra o Sindicato dos Médicos do Piauí
Matéria de Luciano Coelho (com colaboração de Lilian Oliveira e Caio Rabelo)
O desembargador Oton Mário José Lustosa Torres acatou o dissídio coletivo de greve ajuizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) contra o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) a fim de suspender a realização de paralisação programada para esta terça-feira (16).
De acordo com a decisão, os profissionais têm até 60 minutos após a ciência para o retorno normal das atividades, sob pena de pagamento de multa no valor de 20 mil reais em caso de descumprimento.
A justificativa apresentada pela FMS é a de que a realização de uma paralisação pelos médicos agrava substancialmente a prestação do serviço público de saúde em Teresina e no Piauí como um todo, uma vez que a pandemia de Covid-19 ainda não foi erradicada.
Após assembleia extraordinária no dia 10 de novembro, os médicos do Piauí haviam decidido paralisar as atividades em todos os hospitais públicos nesta terça. O movimento era um protesto contra cortes nos salários e a falta de concurso público para a categoria.
Segundo o Sindicato dos Médicos, durante o movimento somente os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais públicos de Teresina e também do Estado iriam funcionar.
Em entrevista ao JT2 da Teresina FM na última quinta-feira (11), o presidente do Simepi, Samuel Rego, informou que a classe vem enfrentado “problemas nos vínculos de trabalhos precários, resultado de sucessivos processos seletivos realizados pelas prefeituras e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi)”. De acordo com ele, também foram retiradas a insalubridade e houve uma redução de 30% no pagamento dos plantões.