O presidente Bolsonaro, que garantiu o Coaf a Sérgio Moro, com certeza não gostou do posicionamento do senador piauiense Ciro Nogueira.
Ciro, que já ensaia até indicar ministros para o governo, pode ter jogado foras todo o trabalho de aproximação.
Pelo visto vai ter que começar tudo de novo logo depois da votação da reforma da previdência.
Quem espera sempre alcança, diz a sabedoria popular.
E o deputado Hélio Isaías soube usar isso como nenhum outro deputado estadual.
Agora vai ser presidente da poderosa CCJ, depois de rifado pelos colegas para a presidência da Assembleia Legislativa.
Não é a mesma coisa, claro.
Mas já é alguma coisa.
No meio de tantas nomeações, o governo aproveita para tentar passar seus caga-fogos.
E foi assim que Nailer Gonçalves de Castro virou assessora da Secretaria de Governo.
Nada demais se a distinta não fosse secretária municipal de Administração de São Raimundo Nonato, onde a prefeita é irmã da deputada federal Margarete
Coelho.
Vai que cola.
Dois bicudos não se beijam, diz o ditado popular.
Por isso, Wellington Dias e Jair Bolsonaro vão continuar se bicando.
Na reunião com governadores, o presidente não deu muita bola para os projetos do governador do Piauí.
Entre eles o de passar para o governo federal o abacaxi das previdências estaduais.
Frustrante, desabafou Wellington Dias.
Da série: Perguntar não ofende.
Por que será que os políticos brasileiros não querem de jeito nenhum que o Coaf fique no Ministério da Justiça de Sérgio Moro?
Será que esses dóceis e inocentes bichinhos andam fazendo algumas malinações?
O PT vai pressionar o governador Wellington Dias até dar no osso.
O partido quer porque quer os dois companheiros no Palácio Petrônio Portella e sem muita demora.
É bom o presidente Themístocles Filho ir logo providenciando as cadeiras e os R$ 50 mil para o primeiro salário.
Quando esse povo quer, quer mesmo.
Essa história de corte nas verbas da educação sobrou até para a Uespi.
Que vai deixar receber cerca de R$ 10 milhões este ano.
Com o estado falido, a coisa vai ficar ainda mais difícil.
O deputado João Madison sempre gostou de cuidar do que é seu.
Agora mesmo fez a Assembleia Legislativa aprovar lei tratando sobre a produção e comercialização de queijos de leite cru.
Wellington Dias vetou.
Disse que o projeto aprovado contraria o interesse público.
Madison não gostou, claro, mas faz de conta que tá tudo bem.