Enfermidades são as principais causas de óbito entre animais de estimação jovens e idosos
A campanha do Março Amarelo, adotada por médicos e clínicas veterinárias em todo o mundo, busca prevenir e conscientizar sobre as doenças renais em animais de estimação. Essas enfermidades figuram entre as principais causas de óbito entre cães e gatos acima de sete anos de idade e estão presentes em até 60% dos pets idosos.
De acordo com o médico veterinário Rallyson Ramon, tais doenças são prevalentes na rotina dos profissionais. Uma vez que os animais acometidos por elas apresentam características semelhantes no dia a dia, é crucial que os tutores fiquem atentos aos sinais clínicos.
“Os sintomas mais importantes, que podem ser encontrados no início da doença, são aumento da ingestão de água (polipsia) e da produção urinária (poliuria). Não é normal que o cão ou o gato bebam excessivamente, tampouco que sua urina seja clara, praticamente transparente. Outros quadros comuns são vômitos esporádicos, diarreia, perda de pelo e emagrecimento”, apontou em entrevista ao JT1 da Teresina FM.
Caso o paciente seja diagnosticado, é preciso determinar se ele possui um quadro crônico ou apenas uma lesão renal aguda. No primeiro caso, a alteração na função renal possui caráter irreversível; em ambos se faz necessário um tratamento individualizado.
“É comum que os animais apresentam hipertensão arterial e desidratação severa. Nessas situações, geralmente são submetidos à internação, a fim de corrigir as modificações, antes de seguir com os demais procedimentos”, esclareceu.
Ramon observou ainda a existência de raças mais predispostas a contraírem as doenças. Os cachorros, segundo o veterinário, têm características hereditárias; alguns exemplos são shih tzu, yorkshire e Lhasa apso, que podem sofrer de quadro renal crônico durante a juventude. Do mesmo modo, gatos persas possuem genes que favorecem o aparecimento de cistos polissísticos.
“O exame a ser feito nesses cenários é a ultrassonografia veterinária, a fim de que possamos investigar a morfologia renal e determinar o tratamento a ser aplicado nos pets“, completou o entrevistado.