A data foi criada em 2008 pelas Organizações das Nações Unidas (ONU)
Neste dia 2 de abril é celebrado o dia mundial da Conscientização do Autismo. O propósito da data, criada em 2008 pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), é chamar a atenção para a importância de conhecer e tratar o transtorno.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve atrasos e comprometimentos do desenvolvimento, seja da linguagem, seja no comportamento social. Os sintomas podem ser emocionais, cognitivos, motores ou sensoriais.
O diagnóstico definitivo é dado após os 3 anos de idade, no entanto, os sintomas podem ser notados em crianças ainda mais novas. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com o transtorno.
Elayne Pimentel, 36 anos, é servidora pública e mãe do Pedro Isaque, de 8 anos. Ele foi diagnosticado com autismo aos 3 anos de idade. “Pedro não falava frase alguma, só apontava o que queria e chorava muito. Eu via que ele era uma criança saudável, mas apresentava comportamentos atípicos”, disse.
Após perceber os comportamentos excepcionais, Elayne procurou ajuda médica. A criança passou por diversas áreas da saúde, como psicoterapia, fonoterapia e terapia ocupacional. Juntamente com um neuropediatra, o diagnóstico foi determinado.
“Não foi fácil, veio os medos e os receios, porém eu sabia da importância dos estímulos adequados, das orientações para melhorar a qualidade de vida dele. O diagnóstico precoce é importante, pois mostra que ele pode sim, aprender a conviver como qualquer criança dita como normal”, relatou.
A mãe acrescenta que todo avanço, por menor que seja, no desenvolvimento dele, é celebrado apesar de suas limitações.
Aprovada pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e sancionada pelo Governo do Estado no final do ano passado, a Lei nº 7.627/21 determina que os laudos médicos periciais que atestam o transtorno tenham prazo de validade indeterminado, evitando que as famílias precisem enfrentar longas filas para novas consultas, exames, perícias e laudos periódicos.
No dia 29 de março foi sancionada a Lei nº 7.761/22, que tem o objetivo de assegurar aos autistas a realização de atividades laborais compatíveis com sua aptidão, formação e experiência.
Foi sancionada também a Lei nº 7.746/22 que institui a Política de Atendimento Integrado à Pessoa Autista no âmbito do Piauí. Dentre outras medidas, a norma obriga o Estado a disponibilizar avaliação multidisciplinar para rastreamento precoce de possíveis características geralmente apresentadas por pessoas autistas.
Com informações da Alepi e do Governo Federal