No Piauí, houve um aumento de 746% nos casos de Covid-19 em um intervalo de cinco dias
Matéria de Juliana Andrade
O Comitê Municipal de Operações Emergenciais (COE) de Teresina se reuniu nesta sexta-feira (10) e decidiu pela obrigatoriedade do uso de máscaras em centros de saúde a partir de segunda-feira (13).
Em Teresina, o uso obrigatório de máscaras em locais fechados foi revogada em 28 de março deste ano, após queda dos índices de contaminação e de mortes causadas pela Covid-19 na cidade.
“Teresina teve um aumento expressivo de casos de Covid nos últimos dias. Resolvemos solicitar que a prefeitura emita um decreto para a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os estabelecimentos de saúde. Recomendamos para as pessoas a atualização do cartão vacinal, para que elas tomem a terceira e quarta dose da vacina contra a Covid”, afirma Walfrido Salmito, infectologista e membro do COE municipal.
O comitê recomenda ainda o uso de máscara em espaços com até 500 pessoas e locais de grande aglomeração.
Para justificar as mudanças, o COE informa que houve aumento de 385% dos casos confirmados de Covid nos últimos dias, além do aumento da positividade nos testes antígenos.
Apesar de Teresina contar com muitos cidadãos infectados, há poucas internações por casos graves: o índice de busca ativa e demanda de PCR caiu para 55%.
No Piauí, o COE do governo estadual, em reunião ocorrida na última sexta-feira (3), decidiu manter a flexibilização do uso de máscara em ambientes fechados, apesar de ter sido registrado um aumento de casos de Covid no Piauí.
Existe um decreto que prevê a liberação do uso de máscara em locais fechados nos municípios com mais de 60% da vacinação com a dose de reforço. Na reunião, os infectologistas, pesquisadores e técnicos da saúde decidiram que, diante do aumento de casos em todo o país, o monitoramento será intensificado.
O Estado tem registrado um aumento nos casos de Covid-19: enquanto na semana passada foram registrados 15 casos, nessa semana, em apenas cinco dias já foram 127 casos confirmados, o que representa aumento de 746%.
Ao mesmo tempo, mais de 701 mil pessoas não tomaram a terceira dose, ou seja, a primeira dose de reforço, segundo o painel epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi).