De acordo com o Painel Situacional da Covid-19, correspondente à 29ª semana epidemiológica de 2022 (17 a 23 de julho), Teresina apresentou uma queda de 33% nos casos de coronavírus. Ainda segundo o relatório, houve uma queda de 17% nas internações por síndrome respiratória aguda grave após um período de “estabilidade alta”.

Conforme os dados, a última semana apresentou uma queda de 28% nos atendimentos por síndrome gripal, seguindo a tendência de queda há quatro semanas sucessivas. A taxa de positividade de testes RT-PCR caiu pela metade (de 31% para 15%), e o número de óbitos por semana atingiu estabilidade, embora em patamar elevado (10 óbitos / semana). 

Vacina contra Covid-19 (Foto: Divulgação/FMS)

Pela segunda semana consecutiva, a taxa de transmissão da doença na capital está abaixo da unidade (R0 < 1,0) e atingiu o menor valor das últimas dez semanas (R0 = 0,7).

No entanto, apesar do cenário otimista na capital, as internações por COVID-19 costumam ser prolongadas e, portanto, ter caráter cumulativo. “Assim, mesmo com queda do número de casos, as taxas de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI podem permanecer elevadas ainda por algumas semanas”, disse o virologista do COE, Marcelo Vieira.

Segundo o médico, a situação de Teresina como polo assistencial de saúde traz mais uma particularidade a esse cenário. “De acordo com a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), está havendo uma interiorização da onda atual de COVID-19″, ressaltou. 

Explicou ainda que existe uma tendência dos casos mais graves  “migrarem” para a rede hospitalar assistencial da capital. Isso significa que, mesmo que Teresina já tenha enfrentado o seu pico de transmissão da doença, é provável que o sistema hospitalar da cidade ainda se mantenha pressionado nas próximas semanas.