Vereadores da Casa irão convidar o presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, para prestar esclarecimentos à população
Alguns vereadores da Câmara de Teresina articulam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), desta vez relacionada à saúde. O objetivo seria apurar a falta de medicamentos na rede municipal.
A ideia já conta com o apoio de integrantes da base no parlamento teresinense, a exemplo do petista Deolindo Moura, que cobrou mais “planejamento e organização” por parte da Prefeitura.
“Precisamos ter mais sensibilidade, não podemos deixar que faltem insumos básicos como dipirona, gazes, soro fisiológico – material utilizado em todo e qualquer procedimento nos hospitais e UPAs. A Câmara deve participar ativamente desse momento”, declarou.
O presidente da Câmara, Jeová Alencar (Republicanos), lembrou a importância da prestação de contas com a sociedade e afirmou que a Casa irá convidar o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque.
“Acho importante ouvirmos o doutor Gilberto pois há alguns insumos e medicamentos em falta no comércio nacional. A saúde é uma pasta melindrosa, mexe com vidas, e ele irá prestar esclarecimentos”, destacou.
O problema da falta de medicamentos vai ser discutido, por meio de audiência pública, a partir da próxima semana.
Em entrevista ao JT2 nesta quinta-feira (11), Gilberto Albuquerque afirmou que a FMS garantiu, junto a um fornecedor, soro fisiológico suficiente para 30 dias. “Já estamos resolvidos desse principal problema que era a falta desse insumo”, disse.
Com isso, o presidente da FMS destacou que as cirurgias eletivas estão mantidas. “Com a reposição de estoque os atendimentos seguem normalmente. Não há perigo de suspensão de cirurgia agora […] Agora, daqui a 30 dias, temos que trabalhar para repor novamente o estoque desses elementos”, ressaltou.
Ainda segundo a alerta do órgão, existe uma relação de mais 20 medicamentos que correm o risco de faltar. Entretanto, o gestor esclarece que alguns podem ser substituídos por um equivalente. “Esperamos que com isso possamos atender satisfatoriamente a população enquanto o problema não se resolve”, contou.
Questionado sobre o motivo da falta dos insumos, o soro, especificamente, Gilberto explicou que a embalagem do soro é o material que está em falta. “Aquele frasco de plástico que envolve o soro. Então, ele não depende da gente, é uma falta mundial. A produção é insuficiente”, finalizou.