Documento elaborado pela Gerência de Saúde Mental contém orientações e objetivos sobre o tema
A Fundação Municipal de Saúde (FMS), por meio da Gerência de Saúde Mental, lançou na última sexta-feira (16) o lançamento do Plano Municipal de Prevenção do Suicídio.
O lançamento ocorreu no Teatro João Paulo II, na zona Sudeste de Teresina, durante o I Seminário de Prevenção do Suicídio, promovido pela pasta municipal.
Na abertura do evento, o presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, destacou os esforços empreendidos pelo órgão nessa área.
“Temos trabalhado para atender a população com serviços nos bairros com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), com o ambulatório Provida, que atende pessoas com ideação suicida, e o serviço residencial terapêutico”, elencou.
A gerente de Saúde Mental da FMS, Laryssa Carvalho, explicou ainda que o Plano foi elaborado por profissionais da Gerência.
“O Plano visa trabalhar com a prevenção, uma vez que já temos muitas ações de atendimento com intervenção e necessitamos também de objetivos para políticas públicas para atendimento à população. Esse seminário, por exemplo, é um marco na nossa cidade porque chama a atenção para essa temática. É preciso falar de suicídio com responsabilidade”, afirmou.
Durante o seminário, profissionais da FMS, estudantes de Psicologia e pessoas interessadas no tema assistiram a uma palestra do psicólogo Carlos Aragão, doutor em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (UnB) e membro da Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (Iasp).
– Garantir a prevenção e posvenção de tentativas de suicídio;
– Fortalecer o meio intrafamiliar;
– Diminuir e prevenir as vulnerabilidades que estão diretamente e indiretamente ligados às práticas de suicídio;
– Promover conhecimento às equipes de saúde e profissionais que estão diretamente ligados ao público sobre as redes de assistência às pessoas com ideação suicida;
– Divulgação em meios de comunicação de formas de identificação de comportamentos auto lesivos e suicidas;
– Divulgação dos canais de atendimentos na área de Saúde Mental;
– Organizar o fluxo da rede para acolhimento das pessoas em nível de sofrimento e risco ao suicídio;
– Capacitar profissionais da Atenção Básica (Equipe de Saúde da Família – ESF, equipes multiprofissionais, pronto atendimento, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu e hospitais);
– Divulgar para a sociedade civil: profissionais, usuários, entidades de classes e outros, o plano de ação referente à rede de cuidado aos agravos de saúde que podem levar ao suicídio;
– Diminuir os estigmas relacionados ao adoecimento mental e suicídio;
– Aumentar acompanhamento de pessoas com ideação suicida e que já tentaram suicídio;
– Estabelecer parcerias intersetoriais;
– Aumentar a investigação neste domínio com ênfase nos aspectos socioculturais e outros correlacionados com comportamentos auto lesivos e atos suicidas;
– Reduzir o acesso a meios que levam ao suicídio;
– Desenvolvimento de projetos arquitetônicos que possam reduzir os suicídios por precipitação de altura.