A gestão vai ficar a cargo de uma organização social
O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (Simepi) voltou a criticar a forma como o executivo pretende administrar a Nova Maternidade de Teresina, a ser inaugurada em julho deste ano. Segundo o Governo do Piauí, o comando da unidade vai ser compartilhado com a organização social Reabilitar.
Para o vice-presidente do Simepi, Samuel Rêgo, a opção de gestão é uma forma de burlar a “legislação da administração pública”.
“O serviço público tem que ser gerido pelo Estado, não pode terceirizar, ainda mais uma maternidade, que vai ser referência para o estado. É uma forma de estar burlando a legislação da administração pública”, criticou o vice-presidente.
O Conselho Estadual de Saúde, no ano passado, questionou a contratação de uma organização social (Associação Reabilitar) para gerir a nova maternidade e pediu que a Sesapi (Secretaria de Estado da Saúde) suspendesse o contrato.
Em maio de 2022, depois de solicitação do Ministério Público do Piauí (MP-PI), a Justiça do Piauí determinou que o Estado e a Reabilitar dessem transparência ao processo de contratação.
Localizada na avenida Presidente Kennedy, a nova maternidade possui 280 leitos, sendo 95 só para atendimento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A obra está em estágio avançado, na fase de acabamentos. O investimento total é de R$ 136 milhões, sendo R$ 86 milhões garantidos pelo Governo do Estado do Piauí e R$ 50 milhões oriundos da União, verbas de emendas de bancada federal.