O órgão ministerial informou o envio da solicitação nesta segunda-feira, 03
O Ministério Público do Piauí (MPPI) expediu recomendação, direcionada à Fundação de Saúde de Teresina (FMS), visando à resolução de problemas encontrados no Hospital do Promorar, zona sul da capital. O órgão ministerial informou o envio da solicitação nesta segunda-feira, 03.
As inconformidades foram elencadas em relatório de fiscalização produzido pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI). A vistoria aconteceu no mês passado.
A entidade apontou a existência dos seguintes problemas no Hospital do Promorar: desabastecimento de medicamentos e insumos, déficit de pessoal e na estrutura física – como consultórios médicos precários, ares-condicionados e fechaduras das portas sem manutenção, torneiras quebradas, mofo, infiltrações, lâmpadas queimadas e cadeiras de atendimento sem ergonomia e até a falta de papel para impressão no aparelho de eletrocardiograma (ECG).
“Segundo o relatório, o déficit de profissionais estaria causando sobrecarga de trabalho e haveria médicos atendendo mais de 80 pacientes por plantão, quando a referência desejável normatizada pela Resolução CFM nº 2077/2014 seria de, no máximo, três pacientes a cada hora por médico”, informou o MPPI.
As outras inconformidades apontadas foram: superlotação da UPA, com pacientes expostos em macas nos corredores e enfermarias fechadas; forte odor na Sala Verde, elevador quebrado, relatos de assédio moral aos profissionais médicos para aumentarem o número de atendimentos, acúmulo ilegal de função, demissão de médicos e servidores sem motivação e sem prévia notificação, demora na regulação dos pacientes, relatos de furtos dentro da UPA e nas redondezas e repouso dos profissionais sem lençóis, com os colchões rasgados, camas quebradas e em número insuficiente.
Tentamos contato com a Fundação Municipal de Saúde, mas não obtivemos retorno.