O Ministério Público Federal (MPF) cobrou da Fundação Municipal de Saúde esclarecimentos acerca da denúncia de irregularidades que causaram um rombo financeiro de R$ 20 milhões à pasta. A denúncia foi feita este mês pelo próximo prefeito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil).

O procurador da República Patrício Noé da Fonseca já se reuniu com representantes da direção da Fundação Municipal de Saúde para debater o assunto. O encontro ocorreu na sede da Procuradoria da República no Piauí, em Teresina, no último dia 06.

Sede do MPF no Piauí (Foto: Reprodução/Pauta Judicial)

“Na oportunidade, como diligência preliminar do procedimento instaurado no MPF, o procurador da República solicitou esclarecimentos acerca dos fatos narrados na representação e sobre o andamento dos trabalhos da auditoria, os quais, após a finalização, os dados e os documentos arrecadados serão analisados, para embasar a ordenação das diligências necessárias à apuração da materialidade e da autoria dos crimes federais que, em tese, restarem configurados”, informou o MPF.

O procedimento é conduzido em sigilo.

O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), e o presidente da FMS, Ítalo Costa, convocaram, no mesmo dia da reunião com o MPF, a imprensa para prestar esclarecimentos sobre o fato. Nenhum dos dois negou a existência do prejuízo financeiro.

Ítalo Costa e Dr. Pessoa em coletiva de imprensa local (Foto: Lays Viana / Teresina FM)

Ítalo garantiu que as irregularidades foram detectadas através de duas auditorias iniciadas em janeiro deste ano. O gestor acrescentou que o pente-fino contou com a colaboração de auditores da Receita Federal.

Dr. Pessoa disse, também na coletiva de imprensa, que a gestão municipal não foi omissa quanto ao caso.

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